
e finalmente eu escrevo alguma coisa aqui no blog. eu estava sacaneando com todo o propósito da coisa, hein? mas aqui estou enfim para nunca mais deixar de postar. rá rá rá rá rá rá! (essa risada quer dizer na verdade "bem, talvez eu volte a postar novamente em menos de um ano..."). ok, vamos lá. 1, 2, 3, 4. aproveitando o post de josh sobre o show de yamandu... josh se esqueceu de mencionar que, logo em seguida ao seu comentário fúnebre sobre infartos em uma roda de violão, eu rebati, ainda durante a volta para casa, com o antídoto para este sentimento de miudeza musical que a gente tem ao ver um virtuose tocando, seja ao vivo ou "ao morto". e o antídoto veio em forma de pergunta. e a pergunta foi a seguinte:
quem toca mais: yamandu ou lennon?não precisa nem responder. se eu tentei com esta pergunta dizer que toda a técnica instrumental do gaúcho prodígio-agora-já-fenômeno-consolidado não se comparava com a importância universal de lennon e os beatles, isso em nada melhorou a depressão musical do meu companheiro de viola; "a gente deixa de se comparar com yamandu pra se comparar com os beatles, né?", foi o que ele replicou. eu só poderia rir em seguida. e a risada foi mais ou menos assim: "rá rá rá rá rá rá rá!". mas o que eu queria realmente dizer com aquela risada era: "se você estivesse numa roda de violão com john lennon e um amigo maluco e sacana falasse que você toca pra caralho você responderia que não toca tanto assim, mas pegava o violão e mandava uma na maior! né não? e john talvez gostasse!".
claro que esta comparação que fiz com o lennon é um tanto esdrúxula, assim como o é comparar yamandu com josh. aliás toda comparação entre pessoas e suas habilidades e características individuais (artíticas ou não) acaba sendo no mínimo desnecessária. a questão de verdade é que lennon e yamandu são muito diferentes, e para toda comparação de caráter mais superficial a melhor resposta é sempre essa: são diferentes! é óbvio que há coisas mais bem feitas que outras, coisas melhores e coisas piores, mas aí entramos no "ramo" do julgamento sobre as "coisas" e a relativização dos pontos de vista faz tudo ficar nublado e indefinido demais para uma conversa de mesa de bar ou de volta para a casa. trocando em miúdos, uma enorme perda de tempo que só leva a esta eterna competição entre as pessoas para ver quem chega na frente. na frente do quê é que não se sabe... ser melhor que alguém em algum quesito é algo tão relativo e irrelevante que até quem é um verdadeiro campeão reconhecido pelas massas parece nunca encarnar de forma concreta tal condição. o romário depois de ser eleito o melhor jogador do mundo, de ganhar dezenas de títulos, de levar uma copa nas costas quase sozinho, agora quer fazer o milésimo gol. quando ele parar de jogar bola vai continuar querendo ser melhor de alguma forma e em alguma coisa. ou seja, o cara nunca se sente o melhor coisa nenhuma! tem sempre que abastecer a vaidade. e que coisa mais improdutiva é ficar comparando o baixinho, maradona, zico, pelé, zidane e descobrir quem foi o melhor de todos os... mas do que é que eu estava falando mesmo? pelé? popó? lennon? zidane? jajá? borat?
vejam só aonde este assuntinho insignificante foi parar na minha cabeça maluca... acho que é por isso que eu nunca posto nada por aqui... não vou ficar expondo meus devaneios diários no blog... rá rá rá rá rá rá rá! e esta risada significa: "mas pra que diabos serve um blog como esse então?! pra escrever devaneios, oras!" mas borat já diria (eu ando com borat na cabeça, hein, josh?) : "nooot!". rá rá rá! (essa risada foi de verdade. vejam que foi até menor... na realidade tudo é menor, né não?).
e com essa risada pequena me despeço do meu primeiro post-delírio "retirântico"... josh, gostei da experiência! posso escrever mais? valeu! e vamos pegar as guitarras ali pra fazer esse barulho pseudo-randômico! vamos ver se a gente consegue tocar junto com um metrônomo desta vez, né? e pelamordedeus! vamo afinar essas cordas aí! tá pensando que isso é música atonal, é?