quinta-feira, março 29, 2007

bancos

os bancos aqui perto do trabalho viveram uma tarde agitada hoje. escapei dessa por muito pouco: a agência fica do outra lado da rua do prédio onde trabalho e eu ia passar lá depois do almoço pra tirar dinheiro. desisti no meio do caminho... viva meu anjo da guarda!

esse outro episódio foi mais perto, tipo assim, na agência da caixa que fica aqui no térreo do prédio...

sexta-feira, março 23, 2007

rotate!

não, esse post não tem nada a ver com uma certa cena de "shortbus" :P

é só um post geek meio nada a ver sobre como muitas vezes idéias simples podem resultar em algo muito bacana. foi o que aconteceu nesse caso aqui da nokia.

cool!

terça-feira, março 20, 2007

cassavetes


mula cinemática que sou, nunca havia assistido a um filme de cassavetes... não seria para tanto me auto-depreciar de tal forma por não ter visto qualquer coisa que seja, mas me empolguei tanto com o que vi que a auto-depreciação fica retroativa ao tempo perdido! ao menos creio ter me desvirginado de forma decente: fui assisti-lo em película, ontem, no cinesesc da augusta. amei total. bastaria o tema do filme para me deixar já com vontade de gostar dele: o velho desgaste de um casal adulto que acaba por tentar encontrar alguma renovação individual indo para a cama com outros. e isso ainda no período embrionário da revolução sexual, meados dos anos 60. mas o que chama a minha atenção no filme é a maneira como essa história é contada e como os personagens parecem vivinhos da silva, talvez mais vivos do que as pessoas que estavam na sala do cinema comigo. cassavetes parece que está ali filmando a alma daqueles personagens, nos mostrando as sensações deles intercalando closes constantes e uma camera que parece estar seguindo os movimentos dos personagens de maneira espontânea - embora eu não entenda lhufas de técnica cinematográfica, parece que não existe muita marcação de cena, com os atores se movendo de uma maneira livre pelos planos, passando em frente à câmera, se sentando, se levantando... com esses recursos você pode quase que adivinhar o que estão sentindo aquelas pessoas. e o sentimento que fica é de o quão confuso e perdido está todo aquele povo. eles estão insatisfeitos com seus casamentos, mas não sabem bem o que estão querendo para melhorar - é tudo meio duvidoso dentro da cabeça deles. suas ações são movidas por um discurso racional pobre, e eles falam como parecem falar as pessoas de carne e osso: coisas meio sem nexo, clichês idealistas e superficiais. seus rostos e seus trejeitos, lindamente perseguidos pela camera do diretor, denunciam a falta de consciência sobre os problemas que enfrentam e, em meio a esse mar revolto de idéias pouco sólidas, insatisfações sentimentais mal explicadas e um clima meio etílico e boêmio próprio da época, nada pode acabar muito certo no final. engraçado é pegar essa história filmada há 40 anos e perceber que o retrato das questões sexuais de então não parece ter mudado muito para o que vemos hoje. filmão. até quarta tenho a oportunidade de ver o primeiro filme de cassavetes, sombras, que também está sendo exibido no cinesesc. depois conto.

ah, comentário que não podia deixar de existir. o que é gena rowlands aí neste filme? ó ela aí neste poster. uh lá lá, hein?

e josh, posta alguma coisa aí sobre maria antonieta, vá! se não eu não vou parar de ficar falando no seu ouvido que eu gostei do filme. é massa. gostei mesmo.

yamandu vs. lennon

e finalmente eu escrevo alguma coisa aqui no blog. eu estava sacaneando com todo o propósito da coisa, hein? mas aqui estou enfim para nunca mais deixar de postar. rá rá rá rá rá rá! (essa risada quer dizer na verdade "bem, talvez eu volte a postar novamente em menos de um ano..."). ok, vamos lá. 1, 2, 3, 4. aproveitando o post de josh sobre o show de yamandu... josh se esqueceu de mencionar que, logo em seguida ao seu comentário fúnebre sobre infartos em uma roda de violão, eu rebati, ainda durante a volta para casa, com o antídoto para este sentimento de miudeza musical que a gente tem ao ver um virtuose tocando, seja ao vivo ou "ao morto". e o antídoto veio em forma de pergunta. e a pergunta foi a seguinte:
quem toca mais: yamandu ou lennon?

não precisa nem responder. se eu tentei com esta pergunta dizer que toda a técnica instrumental do gaúcho prodígio-agora-já-fenômeno-consolidado não se comparava com a importância universal de lennon e os beatles, isso em nada melhorou a depressão musical do meu companheiro de viola; "a gente deixa de se comparar com yamandu pra se comparar com os beatles, né?", foi o que ele replicou. eu só poderia rir em seguida. e a risada foi mais ou menos assim: "rá rá rá rá rá rá rá!". mas o que eu queria realmente dizer com aquela risada era: "se você estivesse numa roda de violão com john lennon e um amigo maluco e sacana falasse que você toca pra caralho você responderia que não toca tanto assim, mas pegava o violão e mandava uma na maior! né não? e john talvez gostasse!".

claro que esta comparação que fiz com o lennon é um tanto esdrúxula, assim como o é comparar yamandu com josh. aliás toda comparação entre pessoas e suas habilidades e características individuais (artíticas ou não) acaba sendo no mínimo desnecessária. a questão de verdade é que lennon e yamandu são muito diferentes, e para toda comparação de caráter mais superficial a melhor resposta é sempre essa: são diferentes! é óbvio que há coisas mais bem feitas que outras, coisas melhores e coisas piores, mas aí entramos no "ramo" do julgamento sobre as "coisas" e a relativização dos pontos de vista faz tudo ficar nublado e indefinido demais para uma conversa de mesa de bar ou de volta para a casa. trocando em miúdos, uma enorme perda de tempo que só leva a esta eterna competição entre as pessoas para ver quem chega na frente. na frente do quê é que não se sabe... ser melhor que alguém em algum quesito é algo tão relativo e irrelevante que até quem é um verdadeiro campeão reconhecido pelas massas parece nunca encarnar de forma concreta tal condição. o romário depois de ser eleito o melhor jogador do mundo, de ganhar dezenas de títulos, de levar uma copa nas costas quase sozinho, agora quer fazer o milésimo gol. quando ele parar de jogar bola vai continuar querendo ser melhor de alguma forma e em alguma coisa. ou seja, o cara nunca se sente o melhor coisa nenhuma! tem sempre que abastecer a vaidade. e que coisa mais improdutiva é ficar comparando o baixinho, maradona, zico, pelé, zidane e descobrir quem foi o melhor de todos os... mas do que é que eu estava falando mesmo? pelé? popó? lennon? zidane? jajá? borat?

vejam só aonde este assuntinho insignificante foi parar na minha cabeça maluca... acho que é por isso que eu nunca posto nada por aqui... não vou ficar expondo meus devaneios diários no blog... rá rá rá rá rá rá rá! e esta risada significa: "mas pra que diabos serve um blog como esse então?! pra escrever devaneios, oras!" mas borat já diria (eu ando com borat na cabeça, hein, josh?) : "nooot!". rá rá rá! (essa risada foi de verdade. vejam que foi até menor... na realidade tudo é menor, né não?).

e com essa risada pequena me despeço do meu primeiro post-delírio "retirântico"... josh, gostei da experiência! posso escrever mais? valeu! e vamos pegar as guitarras ali pra fazer esse barulho pseudo-randômico! vamos ver se a gente consegue tocar junto com um metrônomo desta vez, né? e pelamordedeus! vamo afinar essas cordas aí! tá pensando que isso é música atonal, é?

engenharia social

essa história fez sucesso hoje lá no trabalho...

segunda-feira, março 19, 2007

yamandu

ontem fui pela primeira vez num show de yamandu costa. ele se apresentou esse fim de semana no auditório do ibirapuera junto com hamilton de holanda (bandolim). tipo, os caras são uns animais! não que eu já não imaginasse isso (no caso do yamandu, já tinha visto algumas vezes na tv), mas ver ao vivo sempre deixa a coisa mais impressionante... daí que, na volta pra casa, comentei com rafa que, se um dia eu encontrasse yamandu costa numa roda de violão e algum amigo maluco meu inventasse de dizer que eu toco "pra caramba" e um violão parasse em minhas mãos, eu fingiria um infarto pra não passar vergonha heuheuehueheuheuheuhe

conversando hoje com uma amiga, ela me contou um "causo" de um cara que de fato se bateu com o yamandu numa roda de violão e foi intimado por este a mostrar seus dotes. o cara se saiu bem: disse que era canhoto! hahahahahahaha agora, se algum sacana puxa um violão de canhoto, ele teria que apelar pra minha técnica do infarto. algo do tipo "eu sou canhoto... (sacana puxa violão de canhoto) e estou sentindo um formigamento estranho no braço... ggggaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh (e cai no chão)".

bottom line: eu não toco porra nenhuma (isso eu já sabia), eu faço barulhos pseudo-randômicos com um instrumento musical!